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MARCAS DE UMA EDUCAÇÃO QUADRANGULAR

Aqueles que praticam a docência na Igreja do Evangelho Quadrangular (IEQ) podem desfrutar de características comuns, independente da região ou nível de educação que estejam? Repensando a pergunta: Quais são as marcas de um educador na IEQ? Essa é a pergunta que norteará o quarto e último texto sobre O Evangelho Quadrangular (ao final veja os links das outras 3 postagens). Vimos um pouco da história e da teologia quadrangular (1º e 2º textos), o que é base para uma igreja ter sua identidade, ter características próprias. Posto esses fundamentos, lembramos que também dispomos de um sistema de educação que podemos chamar de QUADRANGULAR (3º texto). Sendo assim, defendemos a hipótese que a Educação Quadrangular tem sua singularidade; sua marca (ou melhor, suas marcas). Para defender essa hipótese encontramos alguns desafios a nossa frente. Primeiro: como traçar, em poucas linhas, características de uma igreja com tão grande diversidade? Presente em mais 150 países e em todos estados brasileiros. Uma instituição que atravessou gerações. Segundo: nós, como agentes dessa educação, temos tais marcas em nossa atividade? E se eu não encontrar essas características em minha docência?
Instigante!
Acredito que algumas características permeiam a educação na IEQ. Elas podem estar em qualquer um dos níveis de educação que vimos no último texto como em qualquer cultura que esteja plantada. Arrisco-me a listar algumas dessas (possíveis) MARCAS:

1ª MARCA: Fundamentação Bíblica

Alguns podem achar que é óbvia essa primeira afirmação. Lembremos que alguns ensinamentos chamados de bíblicos em nossos dias, não têm nada de Bíblia. Ou a ignoram ou a deturpam vergonhosamente. A Educação Quadrangular tem sido marcada por uma fundamentação bíblica e sadia. Vimos essa ênfase no ministério de nossa fundadora, Aimee Semple McPherson. Assim também tem sido nos púlpitos de nossas igrejas. Base bíblica da educação é continuarmos acreditando no poder transformador da Palavra de Deus. Lembremos que muitas reuniões espíritas usam a Bíblia, outras religiões também a veneram. Mas onde está a fundamentação de tais práticas?

2ª MARCA: Visão Pentecostal

Não estamos falando em culto na aula!
Alguns confundem aula com culto. Os dois têm metodologias diferentes para alvos diferentes. Por isso ambos são necessários. Uma educação com visão pentecostal não é a utilização de longos momentos de oração com manifestação dos dons carismáticos no horário da aula. Esta marca se expressa quando o educador, não abrindo mão do seu preparo, tem a confiança na ação do Espírito Santo através das aulas para transformar as vidas de seus alunos. Baseia seu planejamento na Bíblia, mas também na oração. Está em constate intercessão espiritual pela vida de seus alunos.

3ª MARCA: Espírito Missionário

Quando nos referimos a Espírito Missionário, fazemos referência ao desejo de ver e ter pessoas salvas na igreja. Uma ação missionária pode ser desenvolvida através da educação com alvo na consolidação de pessoas que chegam à igreja. Assim, teremos crentes com suas casas construídas na rocha e não na areia. Nossas aulas devem ser permeadas pelo espírito de conquista que imperou na história de nossa igreja. A conquista de almas para o Reino de Deus.

4ª MARCA: Educação Inclusiva

A IEQ teve seu início com uma visão mais ampla do Reino de Deus e de Sua Obra. Foi a primeira igreja a aceitar mulheres no ministério pastoral. Aimee Semple enfrentou as barreiras de sua época. No Brasil, aproximadamente 40% do ministério pastoral são mulheres (dados de 2001). Em nossos Institutos Teológicos, muitas são professoras. Nossa igreja não tem alcançado apenas os letrados e abastados. Suas portas estão abertas para o negro e o branco, para o índio e o mulato, para o rico e o pobre, para o homem e a mulher, para a criança e para o adulto. Nossa educação tem esse mesmo sentimento. Braços abertos para todos que têm desejo de “conhecer e prosseguir em conhecer ao Senhor.”

5ª MARCA: Inovação Didática

Lembram desse fato: Aimee subindo em uma cadeira em uma esquina movimentada, próxima ao local do culto. Começou a orar e chamar a atenção de muitos. Ao certificar-se do grande público, os direcionou para dentro do templo. Isto se deu no início do seu ministério quando não se contentava com as poucas pessoas que participavam dos cultos. E a fundação de uma das primeiras rádios evangélicas nos Estados Unidos? Também foi sua iniciativa. Chamou-se Call FourSquare Gospel, foi a terceira estação de rádio em Los Angeles. Lembram das tendas, tanto no início da IEQ mundial como no Brasil? Também foi uma grande inovação para sua época. Nossa didática também deve estar permeada por esse desejo de inovação. Inovação construtiva, facilitadora e motivadora.

CONCLUSÃO

O que é uma marca?
“Sinal feito em pessoal, animal ou coisa para distingui-los de outra.” A marca serve para revelar nossa identidade. Também equivale a um sinal. Jesus tinha em si uma forma de ensinar. Sua identidade educacional era tão marcante que seus ouvintes ficavam maravilhados da sua doutrina. Não ensinava igual aos fariseus (Mt 7.28 e 29), Sua pedagogia atraia as multidões (Lc 21.37 e 38). Nosso Mestre não se conformou com a situação da educação entre o povo de Deus. Colocou a Palavra de Deus em primeiro lugar. Demonstrou dependência espiritual do alto. Objetivou salvar vidas sempre. Não fazia acepção de pessoas e inovava sempre que necessário.

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